A atividade favorece o
desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual.
Fazenda Rived
A atividade sugerida enfatiza a importância de
recursos digitais
na educação especial, segundo Werner (2008) “trabalhar na
perspectiva de pensar e repensar a prática pedagógica no propósito de
possibilitar a aprendizagem dos educandos com deficiência de forma
diferenciada”.
O computador
desperta grande interesse e curiosidade para todos os alunos. Cabe ao professor
mediar esta atividade de forma real, trazendo o contexto do objeto para a
vivência de cada aluno. Sua utilização para alunos com deficiência intelectual
explica Werner (2008) “auxilia na aquisição de conhecimentos pelo aspecto
lúdico oferecido e pode vir a ser um facilitador no desenvolvimento da atenção,
memória, resolução de problemas, conceitos espaciais e lateralidade”.
O OA é encontrado no Banco Internacional
de Objetos Educacionais (BIOE), um repositório rico em materiais didáticos, uma
iniciativa do Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Ciência e
Tecnologia desde 2008.
A atividade Fazenda Rived ilustra um dia na
fazenda onde torna possível o aprendizado de forma lúdica e divertida e o
conhecimento de importantes estruturas lógicas para a construção do conceito de
número.
Assim,
propomos uma atividade que provoque os alunos a pensarem em estratégias para
sua resolução, procurando despertar a necessidade de construir o conceito
numérico como ferramenta útil nas necessidades reais.
A
utilização da atividade lúdica tem como
objetivo segundo o próprio Guia do Professor do Objeto, alcançar as seguintes
metas: Colocar o aluno frente a
situações-problema que estimulem a utilização das estruturas lógicas abaixo:
1.
Correspondência biunívoca: base fundamental para a contagem, no qual a criança
deve entender que, para se contar corretamente os objetos de alguma coleção,
ela deve computar apenas uma vez cada objeto;
2. Ordenação: compreender a importância
de ordenar para evitar a repetição e também não deixar de contar nenhum objeto.
3. Inclusão de classes: entender que
cada número contado inclui seus antecessores, ou seja, último objeto contado é
o número de objetos do conjunto. Os números não existem de forma isolada.
4.
Conservação de número: o aluno depois de contar um conjunto, não subtraindo ou adicionando
algum elemento a este, deve conservar a quantidade inicial de elementos mesmo
que a sua disposição se alterem.
5. Relacionar
conjuntos: fazer com que as crianças coloquem todos os tipos de objetos em
todas as espécies de relações.
Antes de usar o OA
sugere-se o início das atividades de forma lúdica, trabalhando a construção da ideia
de número dentro da sala de aula, realizando-a com o concreto. Além disso, o
aluno pode ser introduzido no contexto em que o OA foi desenvolvido, pode ser
questionado sobre quais deles conhecem uma fazenda e, a partir desta atividade,
a professora como mediadora da aprendizagem formaliza e relata sobre o que há
de interessante neste contexto. Este trabalho propicia aos alunos uma
familiarização com uma fazenda de acordo com suas vivências, permitindo o
levantamento de questões do próprio cotidiano desses alunos que podem ser
discutidas com o grupo.
Ao abrir o OA, aparece uma tela com o mapa geral da fazenda.
Nesta tela o aluno visualizará todos os ambientes da fazenda, cada um deles
possui uma atividade diferente, o aluno pode escolher aleatoriamente o local que
desejar explorar, clicando sobre o desenho no mapa.
Figura 1: Animação inicial
Figura 2: Ambiente da fazenda |
Figura 3 e 4
Curral (associação um a um)
Figura
5 e 6
Esconde-Esconde
no galinheiro (associação um a um)
Figura 7 e 8
Separando os animais (inclusão de classe e noção de conjunto)
Figura 9 e 10
Onde estão os animais? (desenvolvendo o pensamento lógico e numérico por meio do jogo da memória)
Figura 11 e 12
Contando os animais ( conceitos de correspondência biunívoca e ordenação)
Figura 13 e 14
Colhendo frutas (correspondência entre conjunto ou objetos com características comuns)
Figura 15 e 16
Ordenando as frutas (ordenação)
É
muito importante a utilização de jogos nas atividades dos alunos com e sem
deficiência, Vygotsky estabelece uma relação estreita entre o jogo e
aprendizagem, atribuindo-lhe uma grande importância para o desenvolvimento
cognitivo resultante da interação entre a criança e as pessoas com quem mantém contatos. O jogo e o brincar fazem
parte do ser humano em toda e qualquer idade, são fundamentais para o desenvolvimento,
pois estimula construção de conhecimento através de aprendizagem significativa.
Estes permitem ao aluno criar e
construir sua forma de aprender, desenvolvendo a capacidade de observação,
comparação e atenção. Além destes aspectos o jogo permite a elaboração de
estruturas como classificação, ordenação, estruturação, resolução de problemas
e estratégias de leitura e escrita.
REFERÊNCIA:
Fonte: Banco
Internacional de Objetos Educacionais (BIOE) Disponível em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/15134
Guia do
Professor - Fazenda Rived. Rede
Internacional Virtual de Educação (RIVED). Disponível em:
Werner, H.M.L. O Processo da Construção do Número, O Lúdico e TIC’s como Recursos
Metodológicos para Criança com Deficiência Intelectual. Paranguá Paraná,
2008.